Fibromialgia é uma doença que afeta milhões de pessoas, principalmente mulheres, mas só recentemente vem recebendo atenção de médicos e pesquisadores em busca de melhores formas de diagnóstico e tratamento.
A fibromialgia também é conhecida como fibrosite, dor muscular crônica, reumatismo psicogênico, mialgia por tensão, ou mesmo confundida com sintomas de somatização.
A fibromialgia é muito mais comum entre as mulheres e afeta em torno de 5% da população. É uma doença que inflige grande sofrimento físico e emocional, prejudicando o desempenho no trabalho e na vida social.
Apesar dos sintomas variarem, com períodos de maior e menor dor, eles nunca chegam a desaparecer por completo. No entanto, é importante salientar que a fibromialgia não é uma doença progressiva, nem letal. Diagnóstico correto, tratamento adequado e suporte podem melhorar em muito os sintomas desta doença, garantindo saúde e qualidade de vida.
Causas da fibromialgia
As causas da fibromialgia vêm sendo investigadas com maior intensidade nos últimos anos. Até há algum tempo, pensava-se que a fibromialgia era apenas um componente psicológico que manifestava-se na forma de dor.
Hoje, sabe-se que o componente psicológico, como o estresse e a capacidade de adaptação (resiliência) são fatores relacionados a fibromialgia, mas não são os únicos.
As pesquisas atuais apontam para um desequilíbrio na regulação da dor no sistema nervoso central como um dos fatores essenciais para o desencadeamento da fibromialgia.
É sabido que toda pessoa sente algum tipo de dor ou sensação incomum pelo menos uma vez por semana. Estas sensações provenientes de partes diversas do corpo são enviadas até o cérebro e são processadas a todo o momento.
De maneira simplificada, pode-se dizer que o cérebro desliga estes canais de dor que chegam até ele, se o processo doloroso for considerado inofensivo ao organismo. E assim a vida segue normalmente.
Na fibromialgia existe uma desrregulação nos neurotransmissores e neurorrecpetores relacionados a dor, que tornam-se aumentados e hiper-reativos, fazendo com que sinais que não seriam considerados dolorosos passem a ser. Este processo é conhecido como sensibilização central a dor.
Outros fatores estão associados ao processo de sensibilização a dor, e incluem:
- Distúrbios de sono,
- Trauma ou lesões físicas em nervos e médula,
- Infecções virais,
- Anormalidades no sistema nervoso autônomo,
- Lesões musculares e
- Estresse psicológico.
Sintomas da fibromialgia
Os sintomas da fibromialgia podem variar, dependendo do clima, estresse, atividades físicas ou até mesmo período do dia. Os sintomas mais comuns da fibromialgia incluem:
- Dor difusa. A fibromialgia é caracterizada por dor em regiões específicas do corpo quando pressionadas. A dor geralmente persiste por meses.
- Dificuldade de movimento. Freqüentemente a dor é acompanhada por dificuldade de movimentar a região afetada, causando uma restrição do movimento completo.
- Fadiga. A fibromialgia leva uma sensação de cansaço crônico, como se o corpo não estivesse completamente repousado.
- Insônia ou sono não reparador. Os distúrbios do sono estão fortemente relacionados com a sensação de fadiga e cansaço, pois os portadores de fibromialgia carecem de um sono restaurador.
- Intestino irritável. Constipação, diarréia, dor abdominal e gases são comuns em pacientes com fibromialgia.
- Dor de cabeça e na face. A fibromialgia leva a cefaléia e dor facial, além de tensões na nuca e ombros. A disfunção temporomandibular, que afeta a mandíbula e os músculos próximos também é comum em pessoas com fibromialgia.
- Sensibilidade aumentada. Sintoma comum é a sensibilidade aumentada ou intolerância a ruído, toque, luz ou odor.
Consequências da fibromialgia
Apesar da fibromialgia não ser uma doença fatal, ou seja, que leve a morte, seus prejuízos são enormes. A fibromialgia leva a uma deterioração do estado físico e psicológico, que pode desencadear outras doenças ou prejudicar o tratamento de doenças existentes.
No aspecto social, existe aumento das licenças médicas e prejuízos no trabalho.
Diagnóstico da fibromialgia
Diagnosticar fibromialgia é difícil, pois não existe um exame laboratorial específico. Na maioria das vezes o paciente portador de fibromialgia já passou por diversos consultórios e realizou diversos exames que na chegaram a nenhum resultado que explicasse os sintomas.
O diagnóstico da fibromialgia é clínico, ou seja, realizado por um médico de acordo com a história e o exame físico do paciente. Os exames complementares são utilizados para descartar outras patologias, como artrite reumatóide, lúpus, esclerose múltipla, dor miofascial e até mesmo câncer.
A sociedade brasileira de reumatologia e colégio americano de reumatologia estabeleceram critérios para o diagnóstico de fibromialgia:
Dor difusa (espalhada pelo corpo) por pele menos 03 meses,
Sensibilidade aumentada a pressão em pelo menos 11 pontos específicos do corpo.

Tratamento da fibromialgia
O tratamento da fibromialgia inclui medicamentos e medidas complementares. A ênfase está na redução dos sintomas de dor e na melhora da saúde de maneira geral.
Medicamentos para fibromialgia:
- Antidepressivos. Classes especiais de medicamentos antidepressivos são efetivas no tratamento da fibromialgia. As pesquisas mostraram que antidepressivos que atuam em serotonina e noradrenalina são os mais efetivos. Dentre as drogas com este mecanismo de atuação estão a amitriptilina, nortriptilina, venlafaxina e duloxetina.
- Anticonvulsivantes. Alguns medicamentos utilizados no tratamento de convulsões também se mostram efetivos no tratamento da fibromialgia. Dentre eles estão a carbamazepina, gabapentina e pregabalina.
Analgésicos. Medicamentos analgésicos podem ajudar no alívio da dor, são geralmente prescritos pelo médico de forma eventual e não como tratamento contínuo.
- Relaxantes musculares. Estas drogas também são utilizadas de forma breve e não contínua. São eficazes para combater a dor e a tensão muscular.
Todo tratamento deve ser prescrito e orientado por um médico.
Medidas e tratamentos complementares:
- Exercícios. Atividades físicas, em especial os exercícios aeróbicos, são comprovadamente eficazes para reduzir as dores da fibromialgia e melhorar a qualidade do sono. Inicialmente os exercícios podem aumentar um pouco a dor, mas a prática regular alivia os sintomas. Os exercícios mais indicados pelos médicos são caminhada, natação e hidroginástica.
- Acupuntura. Esta técnica incorporada da medicina chinesa tem mostrado resultados positivos, tanto na redução dos sintomas de fibromialgia, como na redução do estresse.
- Psicoterapia. A abordagem psicológica, em especial a psicoterapia cognitiva comportamental, auxilia no desenvolvimento de habilidades para lidar com a doença e manter uma atitude positiva.
- Hipnoterapia. A sociedade brasileira de reumatologia reportou que sessões de hipnoterapia pode promover uma melhora significativa dos sintomas de pacientes resistentes ao tratamento convencional.
1 comentários:
Olá Helena, tudo bem?
Antes de mais nada, gostaria de me apresentar: meu nome é Vitor e sou colaborador do blog www.diamundialdaar.com.br. Não sei se você conhece, mas o Dia Mundial de Conscientização sobre a Artrite Reumatóide é resultado da parceria da SBR – Sociedade Brasileira de Reumatologia e da farmacêutica Roche.
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www.diamundialdaar.com.br
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